Carlos Bica

Carlos Bica & AZUL feat. Frank Möbus + Jim Black

Carlos Bica – contrabaixo

Frank Möbus – guitarra

Jim Black – bateria, percurssão

Entre os vários projetos musicais que Carlos Bica lidera, o seu trio AZUL com o guitarrista Frank Möbus e o baterista Jim Black, tornou-se na imagem de marca do contrabaixista e compositor. Foi com estes dois músicos que fazem já parte integrante da personalidade musical do projeto, que Bica inaugurou a sua discografia pessoal – foi em 1996, o álbum chamou-se Azul e o grupo também. Com Frank Möbus na guitarra e Jim Black na bateria, o português criou a montra ideal para as suas composições.

A formação manteve-se, amadureceu uma identidade musical – que se confunde já com a do próprio Carlos Bica – e foi através dela que o contrabaixista voltou a expor notáveis resultados em 1999, com Twist, em 2003, com Look What They’ve Done To My Song, em 2006, com Believer e em 2014, com Things About.

Passados 20 anos desde a edição do primeiro álbum, Bica voltou a reunir em estúdio os seus companheiros de longa data para gravar More Than This, aquele que é o sexto álbum deste trio e que mantém intacta a formação original, numa empatia rara que tem contribuído para o reconhecimento internacional de Carlos Bica.

Azul in Ljubljana é o sétimo álbum do trio Azul de Carlos Bica com Frank Möbus e Jim Black. Azul in Ljubljana foi gravado ao vivo no Festival de Jazz de Ljubljana em 2015 e lançado em 2018 pela editora Clean Feed.

Songbook

Song Book é uma compilação de algumas das mais representativas composições do repertório de Carlos Bica & AZUL (com Frank Möbus e Jim Black), registadas em CD por este trio assim como também por outros músicos e formações.

Não posso deixar de exprimir um enorme contentamento ao ver pela primeira vez editada uma coletânea de músicas da minha autoria. Desde Simple Melody escrita há quase 20 anos até Believer, uma canção mais recente, muita coisa se passou. No entanto e como alguém um dia disse, nós só escrevemos uma única canção nas nossas vidas.

– Carlos Bica

Índice
I Think I’ve met you before • D.D. from B. • Roses for you • Azul é o mar • Bela • Canção • Número Dois • Believer • Iceland • Red Cadillac • Simple Melody • Marinha Grunge • O Profeta • Waiting for Tom • Twist • Alguém olharà por ti • John Wayne • Password • Heranças • P-beat • Planícies

Press

No início de 1996 surgiu no curto mercado nacional do Jazz uma obra que se tornaria um paradigma: tinha por título Azul e era assinada por Carlos Bica, um contrabaixista que até à data pouco mais tinha manifestado do que uma serena aptidão para acompanhar nomes sonantes do Jazz fabricado em Portugal. É sempre irritante procurar enaltecer a trajectória de um músico através de uma obra do passado, mas, no caso em apreço, Carlos Bica tem toda a justificação para atribuir essa preciosa imagem de marca ao seu trio: sem Azul, Bica jamais teria sensibilizado os ouvidos da crítica para as obras de qualidade que em seguida produziu.
– O Público

Azul o primeiro disco gravado pelo trio de Carlos Bica permanece como um testemunho exemplar de uma das sonoridades colectivas mais personalizadas e interessantes entre os jazzmen portugueses.
– O Público

De uma beleza e um lirismo único, o disco de Carlos Bica revela bem o empenhamento do seu autor quer nos temas, quer na escolha dos músicos que o rodeiam. Disco aberto ao tempo e de uma estética harmónica só possível a um grande músico.
– O Papel do Jazz

A música é coesa, serena e apaixonada, como num quadro impressionista onde mar e céu, blues e saudade se confundem.
– O Expresso

Uma verdadeira obra de arte de mestre.
– Jazz Podium

A música de Carlos Bica é excitante, é moderna e contagiante. Bica é um ouvinte atento ao mundo exterior – donde a sua modernidade – e um escritor de canções inato. Ele interpreta o mundo e toca-o em melodias que podemos trautear ou cantar. Nas suas composições encontramos fragmentos de coisas que apenas o nosso subconsciente reconhece, mas expostas de forma tal que elas nos surgem absolutamente naturais e óbvias. Nada que tenha a ver com alguma forma de pastiche ou resultado de copy/ paste; antes uma forma evidente de contar histórias feitas de pedaços de quotidiano que de uma forma estranha reconhecemos. Modernidade, criatividade, simplicidade, são adjectivos que podemos utilizar para definir este CD. Look What They’ve Done To My Song é dos discos mais excitantes que me foi dado ouvir desde há muito tempo.
– All Jazz

Azul aparece para festejar o seu décimo aniversário com este excelente Believer. Este é um Jazz que não se deixa fechar, que procura e pesquisa. Vale ainda mais por isso – porque atravessa montes e vales, oceanos e marés, sem nunca se acomodar – Jazz sem fronteiras.
– Correio da Manhã

Carlos Bica consegue-o de novo. Believer é um dos seus melhores e mais consistentes registos.
Believer é o quarto disco de Carlos Bica com o seu celebrado projecto Azul. A acompanhar Bica estão dois músicos que fazem já parte integrante da personalidade musical do projecto: o guitarrista Frank Möbus e o baterista Jim Black. O álbum tem ainda a participação de DJ Illvibe (aka Vincent von Schlippenbach) em gira-discos. Este novo registo insinua-se com a beleza das coisas simples. Audição após audição, descobrimos nele pequenos pormenores, subtis detalhes dos arranjos, elementos que nos ajudam a (re)construir o conceito musical, fortíssimo, que está na base do projecto, Carlos Bica diz que o foco está nas canções e não nos músicos. E isso nota-se, na forma como os músicos trabalham cada ambiente, cada melodia, e no espaço, vital, que é deixado livre, permitindo a cada composição respirar ao seu próprio ritmo. A música de Bica é altamente original e, embora se identifiquem nela, muito claramente,as mais diversas influencias, do rock alternativo ao fado, da pop à clássica contemporânea ou à folk, não se constitui nunca como um „pastiche“ musical. Pelo contrário, aqui todos os elementos convergem para uma obra universal que comunica sob o signo do Jazz.
– O Público

Será que é correcto chamar a Carlos Bica um músico de Jazz? A designação pode pecar por redutora e Believer prova isso mesmo. Um dos melhores álbuns de 2006.
Ponto de partida: Carlos Bica é um dos mais importantes músicos portugueses e nos últimos dez anos rodeou-se de dois brilhantes músicos (Frank Möbus e Jim Black) para compor o trio Azul.

Believer parte do „jazz“ para chegar a destinos improváveis. Do rock aos „blues“ passando pelo „drum’n’bass“ a variedade é grande. Ambientes melódicos misturam-se com cenários mais compostos. O todo é uma imensidão de paisagens guiadas pelo contrabaixo de Carlos Bica. Como convidado especial, surge o alemão DJ Illvibe que empresta o seu gira-discos em cinco canções? Sim, as estruturas construídas por Carlos Bica poderiam ter letras e voz tal a sua clareza.
Em Believer, Carlos Bica faz valer a sua força enquanto compositor contemporâneo que está muito muito para alem de barreiras musicais. Não por acaso, assina um dos melhores álbuns portugueses do ano.
– Disco Digital


Com Bica, o contrabaixo também canta. E esse é um dos segredos da beleza contagiante do seu novo álbum, entrada segura e directa para a lista das melhores edições nacionais deste ano. Chama-se Believer e marca o regresso um ano depois de Single, álbum exemplar dessa forma de encarar o contrabaixo, que nos apresentou Bica em total solidão, explorando as potencialidades tímbricas do instrumento.

Believer é passo adiante na revelação de um universo musical que excede em muito o enquadramento do Jazz e se abre descomplexadamente a contaminação de outros géneros. Uma abertura que se pressente em todo o percurso de Bica e que se confirma na longa e eclética lista de parcerias que lhe dão corpo ao currículo, seja em projectos de dança ou de teatro, ao lado de músicos como Carlos do Carmo ou Kenny Wheeler, José Mário Branco ou Aki Takase, Alexander von Schlippenbach ou Camané. Em Believer, esse desassossego experimental, que é também imagem de marca do músico, tem o nome de DJ Illvibe, o alemão que é convidado especial do álbum. O disco é atravessado por um esforço de contenção e uma tendência quase minimalista que lhe conferem qualquer coisa de cinematográfico. Como se Bica quisesse lançar pistas de argumento e cenário para um filme que está ainda por fazer.
– Diário de Notícias